O papa Francisco chegou hoje (3) a Juba, capital do Sudão do Sul.

Numa visita ecumênica junto com o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, chefe da Igreja da Inglaterra, e o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields.

O avião que levou o papa pousou no Aeroporto Internacional de Juba.

Francisco desceu do avião por um elevador lateral e ficou na cadeira de rodas. Foi recebido no aeroporto pela guarda de honra, pelo presidente da república e por duas crianças que lhe entregaram flores e soltaram uma pomba branca, símbolo da paz.

O papa foi ao palácio presidencial onde fez uma visita privada de cortesia ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit.

Antes de viajar, o papa Francisco disse, no final da oração do Ângelus de 29 de janeiro, que “o Sudão do Sul, dilacerado por anos de guerra, não vê a hora em que acabem as contínuas violências que obrigam tantas pessoas a viver deslocadas e em condições de grande sofrimento”.

Agenda da viagem

O papa Francisco está fazendo sua 40ª viagem apostólica internacional de 31 de janeiro a 5 de fevereiro na África para a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul.

O papa Francisco teve hoje (3) em Kinshasa um encontro com mais de 50 bispos da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) aos quais pediu para “derrubar os altares consagrados ao dinheiro”.

Depois o papa viajou para Juba onde se reunirá com as autoridades civis e o Corpo Diplomático no jardim do Palácio Presidencial.

No sábado (4), o papa se reunirá pela manhã com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na catedral de Santa Teresa de Juba. À tarde, participará de um encontro com os deslocados internos e depois fará uma oração ecumênica no mausoléu de John Garang.

No domingo (5), Francisco celebrará uma missa em Juba e depois participará de uma cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Juba.

A chegada do papa Francisco a Roma está prevista para as 17h30 (13h30 no horário de Brasília) no Aeroporto Internacional Fiumicino.

Chamado à paz no Sudão do Sul

Em abril de 2019, o papa Francisco encerrou um retiro espiritual no Vaticano, do qual participaram as autoridades civis e eclesiásticas do Sudão do Sul.

Na ocasião o papa disse que “não me cansarei de repetir que a paz é possível” e confirmou sua vontade de visitar este país.

Aos líderes políticos que assinaram o acordo de paz, exortou: "Peço-lhes como um irmão, permaneçam em paz, peço com o coração, vamos adiante, haverá muitos problemas, mas não se assustem, sigam adiante, resolvam os problemas, vocês começaram um processo, que termine bem", e se inclinou para beijar os pés de quatro deles.

Viagem adiada

Em 2022, o papa visitaria as cidades de Kinshasa e Goma, na República Democrática do Congo de 2 a 5 de julho e Juba, capital do Sudão do Sul, de 5 a 7 de julho.

No entanto, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou em 10 de junho que o papa teve que "adiar" a viagem à África "aceitando o pedido dos médicos e para não comprometer os resultados das terapias no joelho ainda em andamento”.

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O papa Francisco pediu desculpas pelo adiamento. “Eu realmente sinto um grande pesar por ter tido que adiar esta viagem, que eu tanto prezo. Peço desculpas por isto. Rezemos juntos para que, com a ajuda de Deus e dos cuidados médicos, eu possa estar entre vocês o quanto antes. Estamos confiantes”, disse o papa aos fiéis reunidos para o Ângelus em 12 de junho de 2022.

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